Santa Catarina avança em negociações sobre royalties do petróleo com Paraná e São Paulo

    Entendimento foi estabelecido em audiência de conciliação realizada nesta quinta-feira, 24, em Brasília

    Audiência de Conciliação sobre royaltes sob sob relatoria do Ministro Flávio Dino, no Salão Nobre do STF. Foto: Andressa Anholete/STF/Divulgação

    O governo de Santa Catarina participou de uma audiência de conciliação no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o pagamento de royalties do petróleo aos catarinenses. A reunião, realizada nesta quinta-feira (24/10), contou com a presença do governador Jorginho Mello, do procurador-geral do Estado, Márcio Vicari, e do procurador Fernando Filgueiras.

    A principal decisão foi autorizar novas reuniões diretas entre Santa Catarina, Paraná e São Paulo para definir valores e prazos de pagamento. A primeira reunião com o Paraná deve ocorrer nos próximos dias.

    O Estado solicitou informações adicionais à Petrobras, que não compareceu à audiência, sobre os valores pagos pela exploração do petróleo nos campos reconhecidos como catarinenses. O governador Jorginho Mello destacou a importância desses recursos para implementar políticas públicas no estado.

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    Esta foi a primeira rodada de negociações, conduzida pela juíza Trícia Navarro, do Núcleo de Solução Consensual de Conflitos (Nusol) do STF, e acompanhada pela juíza Amanda Thomé, do gabinete do ministro Flávio Dino.

    O litígio, iniciado em 1987, envolve a disputa sobre a delimitação marítima entre Santa Catarina e Paraná. O STF decidiu em 2020, por sete votos a dois, que o Estado catarinense tem direito aos royalties da exploração dos campos petrolíferos próximos ao seu litoral.

    A decisão também determinou que o IBGE refaça o traçado dos limites territoriais marítimos entre os estados envolvidos. Santa Catarina será ressarcida pelos royalties recebidos indevidamente por Paraná e São Paulo desde o início da ação.

    A audiência contou com a participação de diversas autoridades, como representantes da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além dos municípios catarinenses envolvidos na disputa.

     

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