Florianópolis é considerada, pelo Ministério da Saúde, referência no campo de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde. O município possui 49 unidades de saúde e 90% delas disponibilizam alguma prática integrativa, como yoga, biodanza, lian gong, qi gong, dança circular, além de sessões de acupuntura, Auriculoterapia, massoterapia, reflexologia e Reiki. Metade das unidades de saúde do município conta com horta com plantas medicinais.
O médico de Família e Comunidade, Murilo Leandro Marcos, coordenador da Comissão de Práticas Integrativas e Complementares no município, relata que no ano passado os atendimentos individuais, em acupuntura e auricoloterapia, totalizaram 13 mil. Ele relata que estes serviços complementam o tratamento tradicional com resultados muito positivos. “Um estudo que realizamos evidenciou o custo efetividade da prática de acupuntura na rede de saúde: houve queda de 30% do uso de analgésicos e 50% do uso de anti-inflamatórios, durante o período da pesquisa. Além disso, verificou-se que os profissionais médicos que realizam acupuntura encaminham menos para ortopedia e reumatologia”, conta.
Murilo explica que Florianópolis é referência, devido ao fato de os atendimentos serem descentralizados, isto é, realizados nas comunidades e pela capacitação continuada dos profissionais de saúde. “Enquanto em muitas cidades os atendimentos são centralizados num só local, nós disponibilizamos em praticamente todas as unidades da rede”. Desde 2016, profissionais de saúde do município, em parceria com a UFSC e Ministério da Saúde, tem viajado o país para capacitar profissionais de saúde em Auriculoterapia.
O secretário da Saúde, Carlos Alberto Justo da Silva, reforça que as práticas integrativas ampliam o conceito e fortalecem a construção coletiva do cuidado em saúde, por isso, merecem espaço na rede pública.