Antes mesmo da inauguração, prevista para o último trimestre do ano, os responsáveis pelo maior centro de eventos multiuso do Sul do País já iniciaram o esforço para atrair congressos, feiras, shows, reuniões e espetáculos para a Grande Florianópolis. “As salas começaram a ser comercializadas pela nossa equipe e já temos diversos eventos corporativos e sociais programados para o próximo ano”, diz Roberto Petry, um dos sócios. Segundo ele, também está sendo montada uma agenda de visitas de promotores de eventos e profissionais do setor à Arena Petry. “Nossa intenção é mostrar todas as possibilidades de uso da estrutura, que tem potencial para receber os mais variados perfis de eventos”. Em paralelo, uma extensa agenda de shows deve marcar a inauguração do empreendimento.
A Arena Petry, em São José, tem infraestrutura para receber desde shows internacionais até congressos, casamentos, feiras e eventos corporativos. “Nós estudamos muito a logística operacional para que esses eventos possam acontecer simultaneamente, sem que um interfira no andamento do outro”, complementa Roberto Petry. Podendo ser dividido em módulos menores, o empreendimento oferece a possibilidade de pequenos eventos. “Conseguimos dividir a estrutura em vários espaços diferentes e realizar um evento para 50 pessoas, por exemplo”, acrescenta. O isolamento acústico das salas fica garantido pelas divisórias retráteis, que são compostas por várias camadas de tecidos e materiais isolantes, produzidas especificamente para o empreendimento.
Com 24 mil metros quadrados de área construída, distribuídos em quatro pavimentos, a Arena foi projetada para atender todas as necessidades dos produtores de eventos e receber mais de 17 mil pessoas. Todos os ambientes têm acessos independentes, climatização própria inteligente, módulos individualizados de bar, caixa, banheiros, cozinha e depósitos de apoio. A estrutura, que vem sendo planejada há cerca de seis anos, também pode ser transformada para receber eventos de grande porte, como shows de artistas internacionais.
“Quando tivermos shows e grandes eventos todos esses espaços podem ser integrados”, explica o arquiteto da obra, Luiz Octavio Almeida de Oliveira. “Inspirada nas arenas gregas, a edificação foi distribuída em forma de semicírculo ao redor do palco. Dessa forma os espetáculos podem ser vistos de todos os ângulos da casa, ninguém vai ficar sem enxergar o palco”, promete.
Neste momento, a obra se encontra na etapa de acabamentos finais, estão sendo colocados, por exemplo, revestimentos, pisos, cerâmicas e esquadrias. Para o arquiteto, outro diferencial que vai chamar atenção do público, é a iluminação, que possui peças exclusivas. “Toda a iluminação é sob medida, os elementos, como lustres e luminárias, foram desenhados especificamente para cada ambiente”, explica Luiz Octavio. Ele conta que viajou para China e Emirados Árabes buscando inspiração para a Arena e foi por lá que surgiram muitas ideias. “Teremos um modelo de lustre de 2,5 metros de diâmetro, produzido em inox, com luzes de led, cristais e neon RGB, que muda de cor”, detalha. Todas as peças estão sendo fabricados em Santa Catarina.
Movimento na economia
Para os idealizadores do empreendimento, a inauguração desse espaço é uma forma de contribuir com mais um instrumento de cultura e minimizar os efeitos da sazonalidade do turismo na economia catarinense. “Um espaço para grandes eventos causa reverberação em toda a cadeia do turismo, que envolve aeroportos, comércio, hotéis, restaurantes, entre outros”, explica Roberto Petry. “Sabemos que, por exemplo, um grande congresso pode movimentar de 10 a 15 milhões de reais na economia local”.
Além disso, o centro de eventos vai movimentar a geração de empregos diretos, que é de aproximadamente 50 funcionários, e indiretos, que vai depender do porte do evento, mas deve girar em torno de 400 empregos. “Outra coisa, que é muito importante para nós, é saber que Santa Catarina finalmente vai ter estrutura para entrar na rota de eventos culturais de grande porte, transformando o estado e a região Sul em um dos principais destinos para o turismo no Brasil, em qualquer época do ano, diferente de como se configura esse aspecto econômico atualmente”, complementa Roberto Petry.
“Percebemos que os grandes espetáculos chegam no Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná… e passam direto para o Rio Grande do Sul! Poucos chegam em Santa Catarina”, diz Roberto Petry. “Nosso sonho, com esse empreendimento, é trazer esses artistas para cá e inserir nosso Estado na rota dos megaeventos”, afirma.
Palco é o maior do Brasil na categoria indoor
Além destes espaços, o destaque da obra é o palco de 540 metros quadrados, considerado maior palco indoor do Brasil, com 24 metros de boca de cena e estrutura de teto que suporta até 27 toneladas de equipamentos, preparado para receber espetáculos internacionais como Cirque du Soleil e musicais da Broadway.