Nesta quinta-feira (22/10), a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural anuncia a interdição de localidades em que fica proibida a retirada e comercialização de ostras e mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia. Os locais são Perequê, Ilha João da Cunha e Araçá, no município de Porto Belo, Fazenda da Armação, em Governador Celso Ramos, Praia do Pontal e Praia do Cedro, em Palhoça.
A interdição é necessária quando é detectada uma concentração de ficotoxina ácido okadaico acima dos limites permitidos nos cultivos de moluscos bivalves. Quando consumida por seres humanos, a substância pode ocasionar náuseas, dores abdominais, vômitos e diarreia.
A Cidasc intensificou as coletas para monitoramento das áreas de produção de moluscos interditadas e arredores. Os resultados dessas análises definirão a liberação ou a manutenção da interdição. Os locais de produção interditados serão liberados após dois resultados consecutivos demonstrando que os moluscos estão aptos para o consumo.
Liberação parcial
Permanecem parcialmente interditadas as áreas de Sambaqui, Cacupé, Barro Vermelho, Costeira do Ribeirão, Freguesia do Ribeirão e Santo Antônio de Lisboa, no município de Florianópolis. Nessas localidades está autorizada a retirada e comercialização apenas de ostras, que foram liberadas a partir de dois resultados negativos consecutivos para presença de toxina diarréica. Segue proibida a retirada e comercialização de mexilhões e seus produtos, inclusive nos costões e beira de praia dessas áreas.
O gerente de Pesca e Aquicultura da Secretaria da Agricultura, Sérgio Winckler, explica que ostras e mexilhões se comportam de formas diferentes diante da concentrações de algas tóxicas, por isso, a desinterdição é parcial. “Existem diferenças nos sistemas de filtração dos moluscos. A ostra concentra menos toxinas, por isso, foi possível a sua liberação antes dos mexilhões”.