O secretário de Desenvolvimento Econômico de São José, Marcelo Fett, tem se manifestado nos últimos dias nas redes sociais sobre a urgência de criação de um fundo compensatório para os setores atingidos por eventual paralisação das atividades não essenciais. Para ele, além da discussão sobre a decretação de lockdown em Santa Catarina, deve ser discutido conjuntamente uma forma do governo apoiar o setor produtivo especialmente os micros e pequenos empreendedores catarinenses.
Fett defende que são necessárias medidas que priorizem a saúde das pessoas, mas levem em conta as dificuldades de quem empreende. Por isso, propõe uma “vacina” para a economia, principalmente com um eventual lockdown. “Se o governo pode pagar os juros do “juro zero”, também pode pagar direto para o empresário prejudicado por um lockdown. Tão importante quando garantir um auxílio para as Pessoas Físicas que mais precisam, também é ajudar as Pessoas Jurídicas que acumulam perdas e não estão conseguindo manter seus negócios. SC precisa de uma vacina para o empreendedor urgente”, ressalta.
Alguns parlamentares da Assembleia Legislativa entraram em contato para conhecer mais detalhes da proposta e o secretário quer levar a ideia do fundo compensatório para o Colegiado de Desenvolvimento Econômico e Inovação da Federação Catarinense de Municípios (Fecam).
Santa Catarina tem aproximadamente 447 mil Micros Empreendedores Individuais (MEIs) com faturamento mensal de R$ 7 mil. O custeio pelo governo de 14 dias de paralisação de suas atividades seria equivalente a R$ 3,5 mil por MEI, isso na hipótese de todos serem afetados pelo fechamento. O valor para ajudar um empreendedor é o mesmo gasto por dia para custear o leito de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).