TCE recomenda que estado não prorrogue contrato com OZZ Saúde, que opera Samu em SC

    O Tribunal de Contas do Estado (TCE) recomendou, na terça-feira (21), que a Secretaria Estadual de Saúde (SES) não prorrogue o contrato com a OZZ Saúde, que opera o serviço de Samu em Santa Catarina. Para não prejudicar o atendimento de emergência, o tribunal fez a recomendação para que o governo vá até o final do contrato, em 31 de dezembro, mas não faça nova prorrogação.

    TCE recomenda que estado não prorrogue contrato com OZZ Saúde, que opera Samu em SC
    Empresa contratada desde 2018 para o operar o Samu é alvo de diversas denúncias e já recebeu ao menos R$ 440 milhões – CBM/Divulgação/CSC

    O contrato original com a empresa é de 2018. Desde então, a OZZ Saúde já recebeu do governo catarinense 440 milhões de reais (precisamente R$ 440.401.314,46), com muitos aditivos que não era previstos, porque a empresa exigia constantemente equilíbrio financeiro do contrato. No entanto, ao longo dos anos, a empresa exigiu mais pagamentos do governo para custeio da operação que, segundo a SES, não estavam no contrato. Conforme já explicou a secretaria, foram feitos repasses até o limite do teto para manter o Samu catarinense funcionando.

    Ainda assim os problemas no serviço continuaram, por conta da gestão da OZZ Saúde. Médicos, enfermeiros e mais funcionários reclamam que a empresa deixa de depositar FGTS, 13º, férias, outros encargos e que disponibiliza equipamentos e ambulâncias em péssimas condições. Diversas paralisações dos serviços ocorreram quando os profissionais do atendimento médico de urgência exigissem melhores condições de trabalho. A SES também acusa a OZZ Saúde de descumprimentos contratuais há pelo menos dois anos.

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    Com a situação crítica do Samu gerada pela ingerência, o conselheiro substituto do TCE Cleber Muniz Gavi determinou então que será feito um processo de insperção do Contrato n. 259/2018/CBM, em função das possíveis irregularidades, e “em face das ocorrências reiteradas de descumprimento contratual por parte da empresa OZZ Saúde” a Secretaria estadual se abstenha de prorrogar o contrato, tomando medidas urgentes para abrir nova licitação.

    Questionada pela reportagem, a empresa não se pronunciou.

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