Há um ano e meio, o promotor de Justiça do Ministério Público de SC, Daniel Paladino, encabeçou o grupo da força-tarefa DOA – Defesa, Orientação e Apoio às Pessoas em Situação de Rua – para resgatar os cidadãos que vivem em situação de extrema vulnerabilidade.
De acordo com Paladino, desde a criação do DOA foram realizadas 110 visitas nos pontos de concentração em massa. Áreas que antes eram tomadas por pessoas em situação de rua, hoje estão mais controladas devido à orientação e conscientização que o grupo fornece.
A força-tarefa age semanalmente nos pontos mais críticos de Florianópolis e em cada visita obtém um resultado positivo.
“Antes, a população em situação de rua era cerca de 800, hoje temos em média 500 pessoas centralizadas em locais como a praça XV de Novembro, embaixo das pontes Colombo Salles e Pedro Ivo, Parque da Luz, marquise do Clube 12 e o mais problemático ponto – a ‘Faixa de Gaza’, que fica na divisa dos municípios de Florianópolis e São José”, explica o promotor.
Segundo Paladino, esse não é um problema isolado da Capital. Outros estados e países também enfrentam as mesmas dificuldades para reduzir a presença das pessoas em situação de rua. Em Porto Alegre (RS), o promotor ressaltou que são mais de oito mil pessoas nessas condições, incluindo crianças e idosos.
“Podemos dizer que somos privilegiados por não ter crianças nesta situação, a maioria são jovens e poucos idosos”, finaliza Paladino.