UFSC avalia que lodo fica preso na enseada de João Paulo por falta de circulação marítima

    homem retirada lodo da enseada de joão paulo de área grande de lama com trapiche ao fundo
    Há um emissário de efluentes do tratamento de esgoto na enseada - Ecoando Sustenteabilidade/Divulgação/CSC

    O programa Ecoando Sustentabilidade, que reúne vários laboratórios e pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), emitiu uma nota técnica sobre as potenciais fontes da lama depositada sobre a areia enseada da praia do bairro João Paulo, em Florianópolis, e seus impactos ambientais, culturais e sobre a saúde humana.

    De acordo com a avaliação técnica o sistema de tratamento de esgotos da Casan no local faz a deposição dos efluentes através de um emissário submarino, mas as pesquisas realizadas na enseada ao longo dos anos mostram que esse material não é dispersado pelas correntes marítimas. Assim, grande parte do material lodoso tende a ficar retido na enseada.

    “A perda da qualidade ambiental e dos recursos alimentares importantes para a comunidade, como berbigão, marisco, ostra e tainhota, foram relacionadas com a expansão urbana, a entrada de efluentes da ETE-Saco Grande e dos rios contaminados. O tatu, molusco bivalve, ainda usado na alimentação da comunidade local, está contaminado por Arsênio, metal de alto poder cancerígeno”, relata a professora Alessandra Larissa Fonseca, coordenadora do curso de Oceanografia. Como sugestão, a pesquisa orienta para mais coleta de dados para saber a real origem do lodo.

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