Na manhã desta sexta-feira (22), caminhões utilizados para o transporte dos resíduos coletados em Florianópolis para o aterro sanitário foram depredados. Os veículos estavam localizados na sede da Comcap do Itacorubi.
De acordo com nota da Prefeitura de Florianópolis o local “foi invadido por sindicalistas do Sintrasem, mesmo após decisão judicial proibir. Houve furo em pneus e em tanque de combustível, provocando até mesmo risco de segurança para os trabalhadores”.
O Sintrasem (Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público Municipal de Florianópolis) nega a acusação. Por meio da assessoria de imprensa o sindicato afirma que desconhece o fato. “É bem comum a prefeitura tentando cada vez mais acusar a gente dessa forma, sem nenhuma prova, sem nenhum fundamento. A gente não incentiva, pelo contrário, a gente desincentiva qualquer ação individual, que não tenha sido deliberada em assembleia pública com todos os trabalhadores”, diz informe do Sintram.
A prefeitura diz que a depredação dos caminhões, da empresa Amazon Fort, prejudica ainda mais a situação da capital, que sofre com fortes acúmulos de chuva e lixos nas ruas. No momento, uma empresa contratada emergencialmente está atuando na coleta da cidade com aproximadamente 35% de cobertura, devendo aumentar a capacidade a partir deste sábado (23/1), com a chegada de novos veículos.
Nesta quinta-feira (21/1), a Justiça emitiu uma nova determinação, obrigando os trabalhadores da Comcap a retornarem para o trabalho e para os sindicalistas não tumultuarem os trabalhos municipais. O conflito se dá por conta de pacote de seis mudanças proposto pelo prefeito, Gean Loureiro, em tramitação urgente na câmara de Florianópolis, que, entre outros pontos, reduz benefícios da maioria dos funcionários da autarquia Comcap, responsável pela coleta de resíduos em Florianópolis.
Tanto a prefeitura, quanto parlamentares de oposição prometem ir à justiça em diferentes frentes da questão. A prefeitura diz que o sindicato deve cumprir as decisões judiciais e retornar imediatamente ao trabalho. Já os vereadores que são contra o pacote de mudanças dizem que o mesmo está sendo tocado na base do atropelo no legislativo, o que impede a discussão das matérias. Para a segunda-feira (25/1) está previsto o início da votação dos projetos.