O Projeto de Monitoramento de Praias (PMP) da Bacia de Santos, executado pela Petrobras, realizou nessa segunda-feira (3/8) a soltura de 20 pinguins, na Praia do Moçambique, em Florianópolis.
Resgatados este ano na costa de Santa Catarina, os animais, da espécie pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus), passaram por tratamento veterinário na ong R3 Animal e, agora, após a estabilização do quadro clínico, retornaram ao habitat natural. É o primeiro grupo a ser liberado na natureza desde o início da temporada anual de migração dos pinguins. Antes, cada um dos animais recebeu um chip que permitirá o acompanhamento, caso reapareçam em outra região.
A veterinária da R3 Animal, Cristiane Kolesnikovas, explica que os pinguins encontrados nas praias brasileiras, em sua grande maioria, estão em seu primeiro ano de vida e não resistem à longa viagem de migração. “Como são inexperientes, é comum que alguns animais tenham dificuldade em se alimentar, se percam dos bandos e fiquem debilitados, encalhando nas praias”.
Além disso, muitos são encontrados machucados por embarcações, petrechos de pesca ou afetados pelos resíduos sólidos. Todos os animais marinhos encontrados são avaliados e, quando necessário, são encaminhados para o atendimento veterinário.
Em Santa Catarina, ainda estão em reabilitação 25 pinguins, que, assim que estiverem restabelecidos, também serão devolvidos à natureza.
Projetos de Monitoramentos de Praias
As equipes dos Projetos de Monitoramentos de Praias (PMPs) atuam diariamente no monitoramento das praias com foco no registro e análise de carcaças de animais mortos e no resgate de animais marinhos vivos debilitados. Os quatro PMP são estruturados e executados pela Petrobras para o atendimento de condicionante do licenciamento ambiental federal, é o maior programa de monitoramento de praias do mundo.
Atualmente, os PMPs atuam em 10 estados litorâneos, acompanhando mais de três mil quilômetros de praias em regiões onde a companhia atua. O PMP da Bacia de Santos é o mais recente dos PMP da companhia, foi criado em 2015 e está presente em quatro estados do Sudeste, desde Laguna até Saquarema (RJ).
Os projetos trabalham em parceira com as comunidades locais. Ao avistar baleias, lobos ou leões-marinhos, golfinhos, pinguins, aves e tartarugas marinhas nas praias, vivos ou mortos, a população deve acionar o PMP da sua região.